quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mapa da cidade do Recife Olinda e seus Aredores.


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Recife 1910

 RECIFE (PE) - Tesouro do Estado (década de 1910)

 RECIFE (PE) - Arco da Conceição - Ponte do Recife  (década de 1910)

   RECIFE (PE) - Companhia Pernambucana de Navegação (década de 1910)

RECIFE (PE) - Hospício de Alienados Santa casa da Misericórdia  (década de 1910)
 
 RECIFE (PE) - Câmara dos deputados e Ginásio Pernambucano (década de 1910)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

O Recife que Regrediu

 Rua do Hospício com Rua da Imperatriz Tereza Cristina..   

O Recife foi uma cidade que regrediu, observe a imagem a cima e veja a diferença gritante...  

Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio



 Por volta de 1920

 Hoje em 2014, se observa a diferença, com tantos aterros a escadaria da igreja passou de 5 a 2 degraus, o prédio  ao fundo já não existe mais, a rua virou causada e as casa de frente deu lugar a praça da independência .    




A Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio é um templo católico do Recife, em Pernambuco, situado na Praça da Independência, sendo um dos mais significativos exemplares de arquitetura barroca na cidade.
No local, hoje ocupado pela Igreja, antigamente havia trincheiras construídas pelos invasores neerlandeses, e a sua Casa da Pólvora. Um século depois de sua expulsão do Brasil, o terreno então desocupado foi adquirido em 1752 pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, para construção de uma igreja. As obras foram concluídas em 1790.
A decoração do interior se estendeu até o século XIX, com esplêndida obra de talha principalmente na capela-mor, além de painéis pintados de Sebastião da Silva Tavares. A pintura e a douração foram realizadas por Manuel de Jesus Pinto entre 1790 e 1805.

Características


A fachada é barroca, com rica ornamentação. O corpo central da igreja tem ao nível do solo três aberturas de entrada, em arco abatido, com ombros e lintel de arenito, encimado por florão em motivo de concha, sendo o vão central maior e emoldurado por um frontispício relativamente discreto. As portas são de madeira entalhada com almofadões volumosos, típicos do barroco.



Acima das portas, janelões com decoração semelhante ao nível abaixo, mas com sacadas de ferro trabalhado e caixilharia ornamentada, e sobre eles óculos redondos sob cornija saliente em arco triplo que delimita a base do frontão. Este tem empenas em volutas, cruz e dois pequenos pináculos no topo, e um baixo-relevo incluso com forma de ostensório.
Ladeando o corpo central, dois altos campanários, com pilastras de pedra nas laterais, e cujas aberturas imitam as do centro do edifício até o segundo nível, onde a cornija é já retilínea. Acima desta, óculo em estrela, nova cornija, aberturas em arco redondo para os sinos, e coruchéu em bulbos octogonais superpostos, com pequenos pináculos nas quinas.

Penetrando-se no interior, de alta nave única e cujo vão não inclui o espaço das torres, logo nos deparamos, sob o coro, com um pára-vento envidraçado e duas capelas: a da direita, a da Virgem da Piedade, com esplêndida moldura entalhada e douradamento no interior, e a da esquerda sendo o batistério, com um quadro do início do século XIX - O Batismo de Jesus - pintado por José Elói, autor também da pintura dos painéis da igreja do Mosteiro de São Bento, em Olinda.
A nave possui vários altares laterais em estilo já neoclássico, mas com estatuária ainda barroca, além de dois níveis de tribunas, um grande lustre de cristal, púlpito, painéis pintados e duas séries de bancadas no centro, separadas por balaustrada dos corredores de circulação fronteiros às capelas laterais.
Das capelas chamam a atenção a da Virgem das Dores, com uma imagem de Nossa Senhora com o coração trespassado por uma espada, aos pés de um grande e expressivo crucifixo com a imagem do Senhor Morto rodeado de uma glória e um nimbo povoado de querubins; o de São Miguel, com uma bela imagem do arcanjo e outras secundárias; o dos Reis Magos, e o de Nossa Senhora da Penha, com uma imagem da Virgem com o Menino de fino acabamento.
Mas o grande destaque na decoração interna é a capela-mor, com um altar de luxuriante talha rococó em estilo escalonado, como um trono para o Crucificado e o Santíssimo Sacramento no topo, ladeados por nichos contendo as imagens de Santo Antônio e São Sebastião, tendo abaixo o sacrário para o Santíssimo Sacramento, além de painéis pintados nas paredes laterais e mobiliário esculpido.
À direita, externamente à nave e alinhado com a torre, localiza-se o cemitério. Nele estão sepultados os insurretos da Revolução Pernambucana de 1817, e personalidades ilustres como o 2º Barão de Utinga e Jerônimo Vilela de Castro Tavares, poeta, político e jornalista.
Na sacristia existem pinturas em painéis de parede, um lavabo de mármore e uma grande cômoda rococó, doada em 1794 pelo padre Feliciano José Dornelas.

Construção da Ponte da Boa Vista, Estágio final em 1876 Foto: Cláudio Dubeux






 O banheiro publico em estilo Francês do século 18  existe ate hoje.  

 

Ponte da Boa Vista Recife


Considerada a ponte mais típica e original do Recife, ela liga atualmente a rua Nova, no bairro de Santo Antônio, à rua da Imperatriz, na Boa Vista.

Sua origem é do tempo dos holandeses. Em 1640, o príncipe Maurício de Nassau mandou construir uma ponte por onde os moradores pudessem atravessar o rio Capibaribedo continente para a ilha de Santo Antônio, e desta para o Recife, indo e voltando continuamente sem estorvo.

A ponte holandesa da Boa Vista, assim chamada por ligar o bairro da Boa Vista ao de Santo Antônio ia da frente do Palácio da Boa Vista, onde hoje se encontra o convento do Carmo, até a altura correspondente ao local onde foi construída depois a Casa de Detenção, atual Casa da Cultura.

Foi construída em sete semanas, de madeira resistente e era guarnecida por parapeitos, para que não detivessem o caminho do rio quando as águas subissem, principalmente nas luas cheias. Segundo documento de 1699, media 3.000 palmos.

Essa primeira ponte da Boa Vista resistiu por um século, e poderia ter resistido mais, se o governador da província de Pernambuco, Henrique Luís Pereira Freire (1737-1746), não a tivesse destruído para construir uma outra em local diferente, nos meados do século XVIII.

         Essa nova ponte, construída no mesmo local da que existe hoje, era também em madeira e media 899 palmos de comprimento por 20 de largura. Passou por vários reparos, sendo praticamente reconstruída pelo engenheiro Antônio Bernardino Pereira do Lago, em 1815, quando recebeu gradis de ferro e calçamento com seixos irregulares trazidos da ilha de Fernando de Noronha, além de varandas, de cada lado, onde foram colocados bancos de madeira.

         Os bancos da ponte da Boa Vista ficaram famosos na cidade. Segundo Pereira da Costa, durante o dia eram ocupados por mendigos e à tardinha eram disputados pelos faladores da vida alheia, quando enterravam-se os vivos e desenterravam-se os mortos. Surgiu, inclusive,  um periódico intitulado A Ponte da Boa Vista, cujo primeiro número circulou no dia 11 de junho de 1835, trazendo abaixo do título uma alusão aos apreciados e decantados bancos.Segundo Luis do NascimentoA Ponte da Boa Vista publicou mais sete edições, em 1835, e mais seis no ano de 1836, todas anunciadas pelo jornal Diario de Pernambuco

         Em agosto de 1874, por ordem do então governador da província, Henrique Pereira de Lucena, o futuro Barão de Lucena, foram iniciadas as obras de reconstrução da atual ponte da Boa Vista, dessa vez com projeto do engenheiro Francisco Pereira Passos, que lhe deu uma aparência mais moderna e menos provinciana.

Desapareceram os famosos bancos. Com estrutura inteiramente metálica, fabricada na Inglaterra, toda em ferro batido, a nova ponte foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1876. Media 145,10 m de comprimento por 13,224 m de largura, com duas passarelas laterais de 2 m de largura, destinadas aos pedestres, e um vão central para veículos e animais, medindo 7,70 m. Com a aparência de uma ponte ferroviária é muito semelhante a Ponte Nova, de Paris, construída, em 1578, no reinado de Henrique III.

Existem nas suas quatro pilastras de entrada, diversas inscrições que registram datas e fatos históricos relevantes de Pernambuco e do Brasil, como a invasão dos holandeses (1630); as Batalhas das Tabocas, de Casa Forte (1645) e dos Guararapes (1648-1649); a restauração de Pernambuco (1654); a Guerra dos Mascates (1710); a Revolução de 1817; a Confederação do Equador (1824); a abdicação de Pedro I e início do reinado de Pedro II (1831).

Durante as décadas de 1940 e 1950, a ponte era um local importante na vida social da cidade. Pelas suas passarelas laterais desfilavam as últimas versões de vestidos, chapéus e maquiagens. Surgiram também os fotógrafos doretrato instantâneo, que ofereciam seus serviços e faziam ótimos negócios. Na época, as máquinas fotográficas ainda eram uma novidade.

         Parcialmente destruída pelas enchentes do rio Capibaribe em 1965 e 1966, a ponte da Boa Vista foi restaurada, em 1967, na gestão do então prefeito Augusto Lucena. A restauração, no entanto, a descaracterizou um pouco. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) embargou a obra, porém suas passarelas já haviam sido alargadas, seus pilares unidos por um revestimento de concreto até o nível da água e toda a estrutura do lastro inferior já havia sido concretada.
        
       Recife, 24 de maio de 2005.



FONTES CONSULTADAS:


COSTA, Francisco Augusto Pereira da. Anais pernambucanos, 1635-1665. Recife: Arquivo Público Estadual, 1952. v.3, p.147-150.

______. A ponte da Boa Vista. Almanach de Pernambuco, Recife, ano 6, p.8-83, 1904. 

FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife: estátuas e bustos, igrejas e prédios, lápides, placas e inscrições históricas do Recife. Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1977. 382p.

GONÇALVES, Fernando Antônio. O Capibaribe e as pontes: dos ontens bravios aos futuros já chegados. Recife: Comunigraf; Prefeitura da Cidade do Recife, 1997 86p. (Retratos do Recife).

NASCIMENTO, Luiz do. História da imprensa de Pernambuco, 1821-1854. Recife: UFPE, 1969. v.4-Periódicos do Recife, 1821-1850, p.135-137.

PARAHYM, Orlando. Algumas pontes do Recife. Separata da Revista do Departamento de Cultura, Recife, n.8, p. 135-149, dez. 1973.

SILVA, Virgínia Barbosa da. Algumas pontes do Recife. Recife: UFPE. Departamento de Ciência da Informação, 1999. Trabalho da disciplina Informação em Biblioteconomia, apresentado à professora Gilda Verri. 


(Texto atualizado em 10 de outubro de 2007)



COMO CITAR ESTE TEXTO:

Fonte: GASPAR, Lúcia. Ponte da Boa VistaPesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.
 

Antigas imagens do Recife


 Rua Larga do Rosário ao fundo Igreja do Rosário dos Homens Pretos foto tirada da Praça da Independência - Recife Revista da Cidade 1926.


Ponte da Maxambomba Atual Ponte Duarte Coelho sobre o Rio Capibaribe mais adiante Ponte de Santa Isabel - Recife Década de 1870.  

 
Guarnição da Yole com 8 Remos do Barroso, Que venceu o pareo de Estreantes contra o Náutico ao fundo Bairro de Santo Antônio e o Edifício da Primavera - Recife 3 de Setembro de 1927.


 
 Vista da Ponte de Santa Isabel - Recife Inicio da Década de 1920.



 Faculdade de Direito do Recife Foto Revista da Cidade em 26 de Fevereiro de 1927.



 Feira de Casa Amarela - Recife 1926


 Cais da Lingueta Atual Marco Zero - Recife década de 1870.



Arco da Conceição a esquerda Cabeceira da Ponte 7 de Setembro - Recife 1905, (Portão de Entrada da cidade, foi demolida 1913).

Estrada da Caxangá atual Avenida Caxangá

Estrada da Caxangá atual Avenida Caxangá - Recife 20 de Outubro de 1928.

Revista da Cidade n° 126

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